Ano |
2011 |
Cod_Programa |
1336 |
Titulo |
Brasil Quilombola |
Orgao_Responsavel |
20126 |
Descricao_Orgao_Responsavel |
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial |
Tipo_Programa |
Finalístico |
Problema |
A vulnerabilidade das comunidades quilombolas devido à carência de políticas públicas voltadas para a construção da cidadania desta parcela da população |
Objetivo |
Assegurar às comunidades remanescentes de quilombos a propriedade de suas terras, desenvolvimento econômico sustentável, infra-estrutura adequada para suas atividades, melhoria das condições de vida, preservação do Patrimônio Cultural Material e Imaterial e capacidade para exercer controle efetivo sobre as políticas públicas que lhes são destinadas |
PublicoAlvo |
População de comunidades - rurais ou urbanas - remanescentes de quilombos |
Justificativa |
As comunidades remanescentes de quilombos, alvo das ações propostas pelo Programa Brasil Quilombola, configuram núcleos de resistência com diferentes históricos de formação, abrigando, na sua origem, a população negra escravizada e desprovida de qualquer acesso a políticas públicas, impossibilitada de manifestar sua cidadania e vivendo na absoluta miséria. Internamente, os quilombolas estão agregados, portanto, a partir de uma necessidade de sobrevivência e de uma ancestralidade étnica comum, representada em seus elementos lingüísticos, religiosos, culturais e na sua organização político-social. A terra que ocupam possui um forte significado simbólico, na medida em que se tornou o espaço geográfico necessário para a continuidade e a reprodução do modo de vida quilombola, marcado por modelos produtivos agrícolas e por seu uso coletivo. Conseqüentemente, o território de uma comunidade ficou intimamente relacionado à sua identidade; é o espaço em que se dão as manifestações culturais do grupo, onde se encontram valiosos resquícios arqueológicos e onde acontece a transmissão intergeracional de seu patrimônio material e imaterial. Por outro lado, há várias ameaças que tensionam suas comunidades: a ocupação de suas terras por fazendeiros, empresas ou pelo próprio poder público; a legislação ambiental vigente que não reconhece os direitos das populações tradicionais e, muitas vezes, favorece conflitos nas regiões; o sistema educacional deficitário, em que as escolas não têm a manutenção garantida nem valorizam a cultura local; a completa falta de infra-estrutura, como energia elétrica, abastecimento de água e saneamento básico, nos núcleos residenciais; a falta de acesso a programas de saúde; e a marginalização das questões quilombolas nas políticas públicas do Governo Federal até 2002. |
Estrategia |
A estratégia de implementação do Programa Brasil Quilombola dar-se-á por meio das estruturas de gestão descentralizadas, pelo estímulo ao fortalecimento do controle social das políticas públicas e pelas oficinas de capacitação de gestores públicos.O Programa, em sua gestão, possui o Comitê Gestor Interministerial, de caráter deliberativo e executivo conforme Decreto 6.261 de 20/11/2007, que reúne a SEPPIR (que o coordena), FCP, INCRA, MDA, MDS e Casa Civil. A instância de gestão local é o Comitê Estadual do PBQ, de caráter consultivo e propositivo, que é composto de modo paritário pelas representações quilombolas estaduais e por gestores públicos municipais, estaduais e federais. A gestão do Programa é balizada no fluxo de informações e no estabelecimento de parcerias e convênios entre o Comitê Nacional e os 22 Comitês Estaduais do Programa. |
Contexto |
Não Informado |
Data_Atualizacao_Contexto |
Não Informado |
Ano |
2011 |
Cod_Programa |
1342 |
Titulo |
Desenvolvimento Sustentável da Pesca |
Orgao_Responsavel |
58000 |
Descricao_Orgao_Responsavel |
Ministério da Pesca e Aqüicultura |
Tipo_Programa |
Finalístico |
Problema |
O Brasil possui cerca de 8,5 mil km de litoral e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) para a pesca que se estende até 200 milhas da costa, além de todo o espaço de águas continentais. A atividade pesqueira é atualmente o principal meio de sobrevivência de aproximadamente 4 milhões de brasileiros, e as tendências das capturas nas águas brasileiras seguem um padrão mundial, cujos estudos mostram que 50% dos estoques pesqueiros encontram-se em seus limites máximos sustentáveis, 18% dos recursos estão sobreexplotados e 10% estão em colapso ou em processo de recuperação. Essa situação tem levado a crise do mercado, problemas de abastecimento para os compradores de pescado, redução dos preços pagos aos pescadores, e capacidade ociosa das plantas de processamento do pescado, culminando com os preços altos praticados ao consumidor. Certamente o setor mais afetado por esta crise é a pesca artesanal, o que corrobora para o aumento da pobreza no Brasil, embora a pesca industrial também sofra sérios prejuízos e encontre dificuldades para impulsionar o desenvolvimento da atividade. O setor público também é afetado pela crise da atividade pesqueira, gerando maiores investimentos e gastos em gerenciamento e fiscalização das pescarias. |
Objetivo |
Promover o fortalecimento sustentável da cadeia produtiva da pesca, considerando sua diversidade, de forma a contribuir para a inclusão social, garantir a ocupação das águas jurisdicionais brasileiras e ampliar a pesca nas águas internacionais |
PublicoAlvo |
Associações e cooperativas de pesca, pescadores industriais, artesanais e armadores |
Justificativa |
As propostas para o desenvolvimento sustentável da pesca giram em torno de ações que possibilitem a ampliação das capturas pesqueiras, de forma sustentável, por meio do desenvolvimento de tecnologias para a pesca oceânica de espécies ainda sub-explotadas, do ordenamento e recuperação dos estoques pesqueiros, e do acesso dos pescadores à infra-estrutura para beneficiamento, conservação e comercialização do pescado, contribuindo para a geração de novos postos de trabalho, com inclusão social e repartição de benefícios. |
Estrategia |
Execução direta, transferência voluntária, editais, convênios e instrumentos congêneres com entidades parceiras, tais como prefeituras municipais, governos estaduais e organizações privadas sem fins lucrativos. |
Contexto |
Não Informado |
Data_Atualizacao_Contexto |
Não Informado |
Ano |
2011 |
Cod_Programa |
1343 |
Titulo |
Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura |
Orgao_Responsavel |
58000 |
Descricao_Orgao_Responsavel |
Ministério da Pesca e Aqüicultura |
Tipo_Programa |
Finalístico |
Problema |
A produção pesqueira mundial não vem acompanhando a demanda crescente de consumo de pescado. O crescimento da população, a urbanização e o aumento da renda per capita fizeram com que o consumo mundial de pescado mais do que triplicasse nos últimos quarenta anos, passando de 28 milhões de toneladas em 1961 para 141,6 milhões em 2005 (FAO). A produção oriunda da aqüicultura terá um papel crucial nas próximas décadas, uma vez que as capturas de recursos pesqueiros estão próximas ao seu limite de exploração sustentável. No Brasil, a aqüicultura já está presente em todo o território nacional, e sua produção já atingiu a marca de 300.000 toneladas em 2003, ao valor de R$ 1 bilhão. Entretanto, ainda há um grande espaço para expansão da atividade, uma vez que nosso território conta com cerca de 5,5 milhões de hectares de áreas alagadas em reservatórios de hidrelétricas e aproximadamente 12 % da água doce disponível no planeta. O litoral brasileiro, com cerca de 8.500 Km de extensão, também apresenta uma variada gama de ambientes costeiros com potencial para a maricultura, entre estuários, baías e enseadas, além de uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) com mais de 3,5 milhões de km², portanto com um grande potencial para o desenvolvimento da maricultura oceânica (off shore). Contamos ainda com clima extremamente favorável para o crescimento dos organismos cultivados, e com várias espécies nativas com potencial para criação, entre peixes, moluscos, crustáceos e algas. Enfim, temos espaço, clima e espécies que nos credenciam a ser um dos maiores produtores de pescado cultivado do mundo. Entretanto, para que todo esse potencial seja revertido em efetiva geração de emprego e renda, ainda persistem alguns problemas e gargalos no setor que necessitam ser superados, como: legislação deficiente; carência de um serviço de extensão adequado; insuficiência de informações e dados estatísticos sobre todas as etapas da cadeia produtiva; deficiência de infra-estrutura de apoio à conservação, escoamento e comercialização da produção; falta de uma política consolidada de planejamento territorial, com uma inadequada delimitação das áreas onde a aqüicultura poderá ser implementada de forma sustentável; baixo nível de instrução e qualificação dos trabalhadores e produtores; degradação ambiental sofrida e causada pela aqüicultura; carência de tecnologia e informações científicas que permitam apoiar o desenvolvimento do cultivo de diferentes organismos nas diversas regiões do Brasil; setor pouco profissionalizado e com baixo nível de organização e cooperativismo; falta de informações sobre os reais impactos ecológicos decorrentes da introdução de espécies exóticas; dificuldade de acesso a linhas de crédito específicas para o financiamento da cadeia produtiva da aqüicultura; dificuldade de obtenção e elevado custo dos insumos, principalmente da ração e formas jovens; e deficiências de acompanhamento sanitário nos empreendimentos aqüícolas. |
Objetivo |
Desenvolver a aqüicultura sustentável, considerando sua diversidade e promovendo o fortalecimento de sua cadeia produtiva, de forma a gerar aumento da produção, proporcionar inclusão social e contribuir para o incremento da renda e da oferta de emprego |
PublicoAlvo |
Aqüicultores, comunidades e populações tradicionais, pescadores e agricultores familiares |
Justificativa |
O programa busca a resolução e superação dos principais gargalos para o desenvolvimento sustentável do setor, dentre os quais encontram-se: estabelecimento de uma legislação clara e exeqüível; provimento de infra-estrutura e serviços públicos essenciais para o desenvolvimento da aqüicultura; promoção, de maneira participativa, integrada e interinstitucional, do planejamento territorial e da gestão de conflitos que possam estar associados ao desenvolvimento da aqüicultura; desenvolvimento de tecnologias de produção adequadas às nossas espécies, culturas e regiões, estruturando serviços de assistência técnica, extensão e linhas de crédito essenciais para o setor; certificação e rastreabilidade eficientes de insumos e produtos; desenvolvimento de tecnologias com espécies nativas potenciais e resolução dos gargalos para incremento das espécies já consolidadas; redução dos custos de produção, particularmente em relação aos insumos; e estímulo à implantação de infra-estrutura para o escoamento da produção. |
Estrategia |
Execução direta, transferência voluntária, editais, convênios e instrumentos congêneres com entidades parceiras, tais como prefeituras municipais, governos estaduais e organizações privadas sem fins lucrativos. |
Contexto |
Não Informado |
Data_Atualizacao_Contexto |
Não Informado |
Ano |
2011 |
Cod_Programa |
1344 |
Titulo |
Gestão da Política Aqüícola e Pesqueira |
Orgao_Responsavel |
58000 |
Descricao_Orgao_Responsavel |
Ministério da Pesca e Aqüicultura |
Tipo_Programa |
Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais |
Problema |
Além de congregar relativo capital financeiro e tecnológico, a pesca e a aqüicultura brasileiras, considerando a importância geopolítica do uso do espaço e dos recursos naturais envolvidos, congregam ainda milhares de pessoas e serviços em cadeias produtivas que vão desde a pesca artesanal - de forte inclusão social, alimentar e laboral - até a geração de divisas pela exportação de refinados produtos. A pesca e a aqüicultura respondem por cerca de 16% da oferta global de proteína animal, movimentando aproximadamente US$ 0,6 trilhão/ano e perto de US$ 65 bilhões em exportações anuais, e representam duas vezes o valor circulado pelo complexo da soja e oito vezes o da carne bovina (FAO). Só no Brasil, o setor movimenta cerca de 6,5 bilhões de reais anualmente. Contudo, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - FAO projeta que o crescente déficit de 1,1% a.a. de oferta de pescados mundial até 2030 não será maior em função do crescimento da produção advinda da aqüicultura de mais ou menos 2,6% a.a., uma vez que a produção de pescados encontra impedimentos a uma expansão além do rendimento máximo sustentável - já ultrapassado em alguns casos. Dessa forma, torna-se previsível que em função da disponibilidade climatológica, ambiental e territorial, o Brasil apresente excelentes condições para a expansão da atividade - que hoje perfaz aproximadamente 300 mil toneladas/ano dos cerca de um milhão ton/ano produzidas - desde que pressupostos ambientais, sociais e econômicos possam ser observados. Complementando, a pesca representa ainda um cenário de enorme vulto: de aproximadamente 147 milhões toneladas/ano produzidas no mundo, cerca de 55 milhões vêm da aqüicultura e 92 milhões da pesca. No Brasil, existem novas espécies e ambientes sendo racionalmente explorados, e além dos mercados já consolidados, há outros em franca expansão, como os da pesca oceânica e ornamental. Por outro lado, hipotetizando-se o colapso da atividade pesqueira nacional, mesmo que gradativo, o cenário advindo seria muito próximo de uma convulsão social, pois dificilmente existiriam ações governamentais, e menos ainda privadas, que pudessem recompor o tecido social afetado pela falta de subsistência alimentar e de emprego. Só na pesca artesanal, estima-se que existam cerca de quatro milhões de pessoas envolvidas, em função de a atividade ser vinculada a unidades de produção familiar. Além disso, ressalta-se que, derivando de estudos de biologia pesqueira, de cunho antropológico e outros, medidas de gestão sustentável e de ordenamento atreladas a inovações tecnológicas e de capacitação têm surtido efeito positivo na medida em que são aplicadas. Contudo, as deficiências nas cadeias produtivas nacionais em questão são impeditivas à geração de produtos da pesca e da aqüicultura que venham a atender à demanda nacional e global existente, relegando o setor e o país a condições bastante periféricas em relação à temática tratada. Há, portanto, carência de políticas integradas e integradoras que, conveniadas aos preceitos de inclusão sócio-econômica e de respeito ao meio ambiente, e orientadas pelas particularidades regionais, venham a proporcionar ações estratégicas, objetivando-se a geração de marcos regulatórios, a geração e o fomento de pesquisa e tecnologia, a promoção ao crédito, a oferta de extensão e de assistência técnica, a democratização da capacitação e da elevação da escolaridade, a gestão compartilhada e participativa e a criação de mecanismos de fortalecimento das formas associativas de gerenciamento da produção e das infra-estruturas de aqüicultura e pesca adquiridas com recursos públicos, além de outras ações que permitam a otimização do aparato estatal para o célere atendimento às demandas que, por sua vez, sensíveis à oportunização de serviços, cresceram sobremaneira, inclusive de forma adesiva às ações e programas pregressos, requerendo certamente uma maior capacidade de resposta governamental. A histórica dificuldade de acesso ao crédito em muito desabilita a estruturação de tais cadeias produtivas, mesmo havendo aptidão de produção. Um dos principais gargalos relacionados ao tema refere-se à articulação com os agentes financeiros e legislativos, visando à criação e à qualificação das linhas de crédito às necessidades dos tomadores. Outro gargalo que influencia de forma mais direta a pesca, inclusive a artesanal, relaciona-se à insuficiente qualificação tecnológica das frotas costeiras e continentais de grandes, médios e pequenos armadores/pescadores, o que leva a precárias condições laborais e a inferiores performances de captura e de qualidade do pescado, contribuindo, portanto, para a insustentabilidade do setor e menor rentabilidade do produto. De maneira integrada a esta conjuntura, a falta de elevação de escolaridade cria um dos maiores impedimentos à otimização das atividades pesqueiras e aqüícolas, especialmente na primeira, onde o analfabetismo ainda deve ser bastante combatido. De forma paralela, há forte carência de capacitação de profissionais e de acesso a tecnologias, inclusive de maneira articulada com outros órgãos nacionais e sub-nacionais, tanto na aqüicultura quanto na pesca, refletindo-se na falta de organização dos setores, na dificuldade de autogestão dos meios produtivos e na fraca adoção de boas práticas de fabricação, o que termina por enfraquecer as cadeias produtivas. Agravando a baixa qualificação dessas cadeias, identifica-se uma sucateada rede de assistência técnica e extensão pesqueira e aqüícola - ATEPA - no tocante à disponibilidade de instituições parceiras, de recursos humanos e de protocolos adequados para a sua promoção. Dessa forma, encontra-se extremamente deficitário o acesso e a internalização de tecnologias eficientes e sustentáveis, principalmente no que se refere à implementação de mecanismos de gestão compartilhada e aqueles ocorrentes sob formas associativas - indutoras de economias mais solidárias. Existe ainda, envolvendo a plenitude das cadeias, a carência de estudos que propiciem uma visão mais completa e integrada de seus elos, de forma a proporcionar nexos lógicos de encadeamento produtivo. |
Objetivo |
Coordenar o planejamento e a formulação de políticas setoriais e a avaliação e controle dos programas nas áreas da aqüicultura e pesca |
PublicoAlvo |
Governo Federal |
Justificativa |
As ações deste programa de gestão devem, pela própria natureza, ser executadas pela administração direta, em articulação com os órgãos responsáveis pelo planejamento, avaliação e controle de suas unidades vinculadas. Pretende-se que o Gerente deste programa possa exercer o papel de coordenação e apoio à ação dos gerentes dos programas finalísticos do órgão. Além disso, deve-se efetivar a interlocução entre o órgão central de planejamento e as atividades de formulação e revisão de políticas e de programas, como forma de harmonizar as propostas. |
Estrategia |
Execução das ações do programa se dará de forma direta, por transferência voluntária, editais, convênios e instrumentos congêneres com entidades parceiras, tais como prefeituras municipais, governos estaduais e organizações privadas sem fins lucrativos. |
Contexto |
Não Informado |
Data_Atualizacao_Contexto |
Não Informado |
Ano |
2011 |
Cod_Programa |
1346 |
Titulo |
Qualidade Ambiental |
Orgao_Responsavel |
44000 |
Descricao_Orgao_Responsavel |
Ministério do Meio Ambiente |
Tipo_Programa |
Finalístico |
Problema |
Cerca de 80% da população brasileira reside em áreas urbanas, gerando problemas ambientais de toda ordem. A degradação associada à utilização desmedida dos recursos naturais, à emissão de substâncias que prejudicam a saúde humana ou destroem a camada de ozônio e os impactos ambientais decorrentes das atividades de infra-estrutura necessárias ao desenvolvimento do país têm reduzido a qualidade ambiental e piorado a qualidade de vida da sociedade brasileira. A não implementação deste programa pode contribuir para o agravamento dos efeitos causados pela concentração demográfica e industrial, caracterizada pela ausência de saneamento básico adequado, a manutenção de altos níveis de poluição industrial, contaminação de mananciais de abastecimento d'água e poluição atmosférica. Além disso, em virtude da alta densidade populacional, o aumento do consumo de energia, com a utilização de recursos naturais e a geração de resíduos, trazem conseqüências que extrapolam os limites das áreas estritamente urbanas, impactando também as áreas limítrofes e rurais. |
Objetivo |
Promover a melhoria da qualidade ambiental por meio do fortalecimento dos instrumentos de gestão, controle de riscos e atendimento às emergências decorrentes de substâncias perigosas e resíduos industriais, controle de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e a definição de medidas de adaptação às mudanças climáticas |
PublicoAlvo |
Sociedade |
Justificativa |
A degradação da qualidade ambiental, que vem ocorrendo nas últimas décadas, tem influenciado de forma negativa à qualidade de vida da sociedade brasileira. Parte dessa degradação está associada à utilização desmedida dos recursos naturais; a emissão de gases que afetam a camada de ozônio e o sistema climático global; a substâncias químicas e resíduos industriais perigosos e ao nível de poluição do ar que prejudicam a saúde humana. Agrega-se a isso, os impactos ambientais decorrentes das atividades de infra-estrutura necessárias ao desenvolvimento do País. Para se ter uma idéia existem, hoje, no mundo, mais de 100.000 substâncias químicas comercializadas e a cada ano se introduzem cerca de 2000 novas substâncias, das quais apenas um número reduzido foi testado do ponto de vista de sua toxicidade para os seres humanos e para o meio ambiente. Os especialistas prevêem que esta produção continuará crescendo, principalmente nos países em desenvolvimento (OECD, 200). Por isso, a promoção da segurança química tem para o Brasil relevância inequívoca, tendo em vista o País estar entre os dez maiores produtores e o sétimo maior consumidor de produtos químicos em nível mundial e ser o maior produtor e importador, no gênero, na América Latina. Deve-se, ressaltar que os riscos devidos a agentes químicos e aos resíduos são de e grande importância para as sociedades modernas, com efeitos em diferentes escalas temporais e espaciais. Em termos espaciais, os riscos não têm fronteiras, podem ocorrer localmente, ou ter impactos mais amplos, na medida em que afetam ecossistemas regionais ou mesmo globais. Temporalmente, os riscos devidos a agentes químicos e aos resíduos podem gerar efeitos ao seres humanos e ao ambiente em diferentes momentos. Uma outra fonte de preocupação os resíduos industriais, em especial os perigosos. Grande parte das indústrias apresenta um passivo ambiental significativo decorrente da disposição inadequada dos mesmos, cuja localização muitas vezes é desconhecida dos órgãos de controle ambiental. Outras vezes, as autoridades públicas têm que lidar com sítios contaminados cujos responsáveis não são mais acionáveis de imediato, os chamados "sítios órfãos". Aliado a esses problemas, os padrões de produção não sustentável, provoca o aumento da quantidade e variedade de produtos perigosos persistentes e resíduos lançados no meio ambiente. Uma abordagem preventiva, centrada na mudança de padrões tecnológicos de produção, significa adotar uma estratégia de produção mais limpa, demonstrando ao setor produtivo as vantagens ambientais, sociais e econômicas da produção limpa, na medida em que possibilita, às empresas, ganhos de competitividade, garantindo a sua sobrevivência em um mercado globalizado. Relativamente à poluição atmosférica, estudos têm demonstrado que um acréscimo de 1 ppm na concentração de Monóxido de carbono na atmosfera, mesmo quando os padrões de qualidade do ar são atendidos, foi responsável, respectivamente, por um aumento de 11 % e 14,8 % nas internações hospitalares por doenças pulmonares crônicas em idosos e de 5 % do total de internações por doenças respiratórias em crianças durante o período do estudo. Em relação ao sistema climático global, a continuação das emissões nos padrões atuais poderá provocar, conforme relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - IPCC um aumento de até 6,4ºC na temperatura média da Terra nos próximos 100 anos, e em conseqüência o aumento de até 59 cm no nível dos oceanos com prejuízos incalculáveis. As mudanças de temperatura, o aumento no nível do mar, as alterações no regime hidrológico, o aumento dos eventos extremos (secas e enchentes), conforme previsto pelo IPCC, certamente causarão impactos nos sistemas naturais, sociais e econômicos, de forma mais ou menos grave, dependendo de sua vulnerabilidade. Esses impactos e vulnerabilidades devem ser identificados para que se desenvolvam medidas que possibilitem esses sistemas a se adaptarem a essas novas condições. Ressalte-se, ainda que, para se ter sucesso nas iniciativas de combate aos efeitos das mudanças climáticas é imprescindível que haja um esforço conjunto envolvendo diferentes áreas e níveis de governo, com rebatimentos multi-setoriais que a natureza ampla do tema exige. Para enfrentar as constantes ameaças ambientais o setor público precisa aperfeiçoar seus instrumentos de gestão, promover ações articuladas que possibilitam a eliminação, a minimização ou o controle de riscos ambientais e o combate rápido e efetivo a situações emergenciais. Estas ações integradas de monitoramento, fiscalização e atuação direta devem ser desenvolvidas por equipes capacitadas, instrumentalizadas, apoiadas por especialistas e municiadas de informações organizadas e atualizadas. Desta forma, se torna possível apresentar respostas claras e efetivas à sociedade nas situações em que as condições e qualidade de vida das populações, bem como, o patrimônio ambiental estiverem ameaçados. Esta diretriz foi explicitada no Programa de Governo, nas Diretrizes da Ministra do Meio Ambiente e nos objetivos setoriais definidos pelo Ministério do Meio Ambiente. |
Estrategia |
A estratégia gerencial do PROCONTROLE é aperfeiçoar e harmonizar as ferramentas de controle ambiental, a articulação institucional e comunicação ambiental, fortalecendo o processo de formulação de políticas públicas e setoriais por intermédio do fomento a ações de parcerias. |
Contexto |
Não Informado |
Data_Atualizacao_Contexto |
Não Informado |
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